Título
Hematomas Intracerebrais Expontáneos
Autor
Latuf, N. L.
Dias , L. A. A.
Fecha
Agosto 1984
Lugar de Realización
Servico de Neurocirurgia da Santa Casa de Ribeirúo Preto, Sito Paulo, Brasil.
Texto
Revista Argentina de Neurocirugía Vol. 1 - No. 1
Hematomas Intracerebrais Expontáneos
Latuf, N. L. Dias , L. A. A.
Servico de Neurocirurgia da Santa Casa de Ribeirúo Preto, Sito Paulo, Brasil.
Após as referencias em 1961 de C. Miller Fisher, o tratamento dos hematomas intracerebrais comegou a provocar discussóes consideráveis. Na mesma época Mc Kissock, verificou náo haver diferengas estatísticas nos resultados quanto a mortalidade dos grupos tratados cirúrgicamente ou conservadoramente. Em 1969, Richardson e col. demonstraram bons resultados apenas com o tratamento clínico de pequenos hematomas. Seguiram-se trabalhos de vários autores, até que Janny em 1978, usando a medida da pressáo intracraniana verificou grande redugáo do número de intervengóes cirúrgicas neste tipo de patologia, fato este confirmado por vários neurocirurgióes, inclusive através do trabalho que apresentamos.
Sáo relatados 30 casos de hematomas intracerebrais expontáneos puros, excluindo-se os oriundos de malformagóes arteriovenosas, pós traumáticos e tumorais, num período de 10 anos. Diferentes tipos de tratamentos foram empregados para estes casos, desde as grandes intervengóes ao tratamento clínico conservador com monitorizagáo da pressao intracraniana.
Os resultados foram comparados entre os diversos tipos de tratamento, tirando-se conclusóes importantes que se seguem:
1. Pacientes com curso progressivo a despeito da terapia clínica devem ser operados.
2. Hematomas pequenos e pacientes moribundos náo se beneficiam com o ato cirúrgico.
3. Experiéncia com a monitorizagáo da PIC é ainda relativamente pequena e mostra que com o ato cirúrgico náo há diferengas estatísticas com os náo operados.
4. Tomografia Computarizadora constitui um excelente meio de verificagáo do tratamento, diagnóstico e seguimento dos pacientes, podendo-se verificar seu tamanho e localizagáo exata.
5. Monitorizagáo melhora o resultado dos pacientes tratados clinicamente, sendo prudente esvaziar os grandes hematomas em conjugagáo com medida PIC e terapia diurética osmótica.
6. Poderáo ser esvaziados hematomas por métodos estereotáxicos (Maneco, Backlund e Von Hoslt).
BIBLIOGRAFIA
1. FISCHER, M. C. Patología e Patogenia da Hemorragia Intracerebral, Springfield, Illinois, Charles C. Thomas: 295-317.
2. JANNY, P. e Col. Surg. Neurol. vol. 10: 371-375, 1978.
3. KISSOCK, M. Primary intracerebral haemorrhage: A controlled trial of surgical and conservative treatment in 180 unselect cases. Lancet, vol. 2: 221-226, 1961.
4. RICHARDSON, A. Surgical therapy of spontaneous intracerebral haemorrhage. Prog. Neurol. Surg. 3: 397-418, 1969.
Hematomas Intracerebrais Expontáneos
Latuf, N. L. Dias , L. A. A.
Servico de Neurocirurgia da Santa Casa de Ribeirúo Preto, Sito Paulo, Brasil.
Após as referencias em 1961 de C. Miller Fisher, o tratamento dos hematomas intracerebrais comegou a provocar discussóes consideráveis. Na mesma época Mc Kissock, verificou náo haver diferengas estatísticas nos resultados quanto a mortalidade dos grupos tratados cirúrgicamente ou conservadoramente. Em 1969, Richardson e col. demonstraram bons resultados apenas com o tratamento clínico de pequenos hematomas. Seguiram-se trabalhos de vários autores, até que Janny em 1978, usando a medida da pressáo intracraniana verificou grande redugáo do número de intervengóes cirúrgicas neste tipo de patologia, fato este confirmado por vários neurocirurgióes, inclusive através do trabalho que apresentamos.
Sáo relatados 30 casos de hematomas intracerebrais expontáneos puros, excluindo-se os oriundos de malformagóes arteriovenosas, pós traumáticos e tumorais, num período de 10 anos. Diferentes tipos de tratamentos foram empregados para estes casos, desde as grandes intervengóes ao tratamento clínico conservador com monitorizagáo da pressao intracraniana.
Os resultados foram comparados entre os diversos tipos de tratamento, tirando-se conclusóes importantes que se seguem:
1. Pacientes com curso progressivo a despeito da terapia clínica devem ser operados.
2. Hematomas pequenos e pacientes moribundos náo se beneficiam com o ato cirúrgico.
3. Experiéncia com a monitorizagáo da PIC é ainda relativamente pequena e mostra que com o ato cirúrgico náo há diferengas estatísticas com os náo operados.
4. Tomografia Computarizadora constitui um excelente meio de verificagáo do tratamento, diagnóstico e seguimento dos pacientes, podendo-se verificar seu tamanho e localizagáo exata.
5. Monitorizagáo melhora o resultado dos pacientes tratados clinicamente, sendo prudente esvaziar os grandes hematomas em conjugagáo com medida PIC e terapia diurética osmótica.
6. Poderáo ser esvaziados hematomas por métodos estereotáxicos (Maneco, Backlund e Von Hoslt).
BIBLIOGRAFIA
1. FISCHER, M. C. Patología e Patogenia da Hemorragia Intracerebral, Springfield, Illinois, Charles C. Thomas: 295-317.
2. JANNY, P. e Col. Surg. Neurol. vol. 10: 371-375, 1978.
3. KISSOCK, M. Primary intracerebral haemorrhage: A controlled trial of surgical and conservative treatment in 180 unselect cases. Lancet, vol. 2: 221-226, 1961.
4. RICHARDSON, A. Surgical therapy of spontaneous intracerebral haemorrhage. Prog. Neurol. Surg. 3: 397-418, 1969.